Foram registrados, nesta terça-feira (9), seis mortes no Amazonas por Covid-19. Este é o menor número de mortes pela doença em uma semana, de acordo com os boletins diários emitidos pela Fundação de Vigilância e Saúde do Amazonas (FVS-AM).
No dia 3 de junho foram contabilizados 36 óbitos, no dia 4, 20 mortes por Covid-19. O número subiu para 25 no dia 5 de junho. A partir de então, os números caem consideravelmente. Nos dias 6 e 7 de junho, as mortes chegam a nove e oito, respectivamente.
Houve um aumento no dia 8 com 12 mortes, mas nesta terça-feira (9), o número é o menor contabilizado em uma semana: ao todo, seis mortes causadas por Coronavírus no Amazonas. Playvolume00:00/00:40d-emtempoTruvidfullScreen
Em Manaus, os números são menores, mas compõem a maioria dos óbitos do Amazonas. Nos dias 3, 4 e 5 de junho, os óbitos chegaram a 17, 10 e 15 mortes, respectivamente. A quantidade comparada às semanas anteriores é menos da metade de mortes.
Nos dias 6, 7 e 8, as mortes pelo novo Coronavírus caíram para seis, três e sete. Nesta terça-feira (9) apenas três pessoas morreram na capital por Covid-19.
Esta queda de números também reflete nos enterros na capital. Manaus enfrentou o colapso no sistema nos meses de abril e maio. No primeiro dia de junho, segundo a Prefeitura de Manaus, foram contabilizados 43 enterros; no dia 2, cerca de 40 sepultamentos; no dia seguinte, subiu novamente para 43; na última quinta-feira (4) o número voltou para 40. O maior registro foi de 49 no dia 5 de junho.
Embora o número ainda seja acima da média contada antes da pandemia do novo Coronavírus, nos últimos dois dias, o número caiu para 31 sepultamentos no dia 7 e, 32 enterros na última segunda-feira (8).
Mais que números, histórias
Entre pacientes de Manaus, há o registro de 1.501 óbitos confirmados e no interior, são 814, distribuídos em 50 municípios. As cidades com maior incidência de mortes, depois de Manaus são: Manacapuru (117); Tabatinga (67), Coari (64), Tefé (64), Parintins (62) e Itacoatiara (50).
Com menos de dez casos de óbitos, estão na lista, os municípios de: Amaturá (8); Novo Aripuanã (8), Boca do Acre (8), Anori (8); Manaquiri (7); Beruri (5), Novo Airão (5), Itapiranga (5); Silves (4), Barreirinha (4), Urucará (4); Tapauá (3), Humaitá (3); Carauari (3); Urucurituba (2); Caapiranga (2); Boa Vista do Ramos (2); Manicoré (2); Nhamundá (2); Codajás (2); Careiro da Várzea (2); Uarini (1); Maraã (1); São Sebastião do Uatumã (1); Guajará (1); Santa Isabel do Rio Negro (1); e Atalaia do Norte (1).
Cada caso de morte no Amazonas pelo vírus possui por trás histórias e famílias que passaram pela dor do luto no ano de 2020. A maioria das famílias perdeu em média um ente querido.
Histórias como essas são contadas todos os dias, como o Leandro Leite, de 28 anos, que perdeu a mãe e o o pai em menos de um mês por conta do Coronavírus.
Marcia Leite morreu aos 50 anos e o esposo, o jornalista Roberto Augusto, morreu aos 69 anos. Leandro ficou sozinho, pois era filho único. Os pais pouparam o filho antes da morte. “Só depois da morte dela fui descobrir que pedia oração das amigas, pois naquele dia começou a sentir falta de ar, mas não me contou”, relembrou Leandro.
Casos em 50 mil
Se por um lado o número de mortes cai, por outro, o número de pessoas infectadas ultrapassou a marca de 50 mil. Dos 66 municípios, 59 contam com casos da doença. Esse dado, embora alarmante, deve-se também pelo aumento de testagem tanto na capital, quanto no interior do Amazonas. O percentual de casos na capital é de 42,17% e no interior 57,83%.