Alexandra Dougokenski, que admitiu no mês passado ter matado o filho Rafael Winques, de apenas 11 anos, revelou que agiu sozinha e que falou a verdade porque “não sabia como contar” o que aconteceu ao seu outro filho.
Rafael foi encontrado morto no fim de maio pela polícia em uma casa abandonada perto de onde morava com a família, em Planalto (RS).
Ela explicou porque comunicou o desaparecimento do filho e o que a fez ter assumido o crime.
“Eu sei que ele [filho mais velho de 17 anos] ia achar falta do irmão, e eu não sabia como contar”, iniciou ela, antes de falar o que teria acontecido.
“Dei remédio para ele dormir. Diazepam. Dois [comprimidos]”, respondeu aos policiais. “Ele estava diferente, com a boquinha roxa e as mãozinhas geladas”, relatou Alexandra, que não se lembrou da hora em que constatou o problema, afirmando apenas que era “de madrugada”.
Ao ser questionada sobre como teria retirado o corpo de Rafael da cama, ela revelou, ter usado uma “cordinha”, já que “não conseguia tirar ele”, então optou por amarrar o próprio filho.
Por fim, a mãe confessou ter escondido o corpo do menino em uma caixa de papelão que ficava na garagem do vizinho, cerca de cinco metros de sua casa.
“Eu coloquei ele deitadinho lá. Não sei se pus no fundo. Sei que tirei algumas coisas e coloquei deitadinho”, disse, antes de concluir que agiu sozinha.
Mãe segue presa
Alexandra foi detida no mesmo dia em que deu este depoimento à polícia, ocorrido no dia 25 de maio.
Nos últimos dias, a prisão temporária foi prorrogada por mais 30 dias enquanto as investigações continuam. Segundo a RBS, a defesa da mãe afirma que Rafael morreu horas depois de tomar o remédio.
“Quando viu que o menino tinha falecido ali, não soube o que fazer, e tentava poupar que o irmão visse aquela situação. E explica, assim, por que escondeu o corpo e ludibriou a autoridade policial esses dias todos”, falou Gustavo Nagelstein, classificando o crime como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.
A polícia, ainda segundo o veículo, acredita que houve dolo – intenção de matar – e que ela matou o filho com a citada corda.