Polícia Federal combate abuso e exploração sexual infantil

Nesta última sexta-feira, 6/11, a Polícia Federal deflagrou a Operação Rastreado em combate ao abuso e à exploração sexual infantil. Estão sendo cumpridos quatro mandados de busca e apreensão, expedidos pela 2ª e 8ª Vara Federal Criminal, nos bairros do Méier, Caju e Benfica.

Os dois investigados, alvos da operação, foram presos em flagrante na posse de vídeos e/ou arquivos que retratam pornografia infantil, indicando fins sexuais e adequando-se à tipificação legal prevista nos artigos do ECA – Estatuto da Criança e Adolescente.

Os presos tiveram as suas atividades, na rede mundial de computadores, rastreadas pela PF por meio de ferramentas de inteligência artificial e outras técnicas sofisticadas de investigação cibernética.

O suspeito, de 54 anos, comercializava vídeos, em formato DVD, em uma plataforma de e-commerce com descrição do seu conteúdo, indicando que alguns tinham sido produzidos no Brasil e outros na Europa, em cenários como reuniões familiares, festas, clubes e praias, contendo preço e forma de envio.

Já o outro, de 48 anos, utilizava-se de diversas contas na internet para transmitir e compartilhar arquivos de crianças exploradas sexualmente. Destaca-se que, no período de apenas três meses, em meio à pandemia, o suspeito transmitiu aproximadamente 18 mil arquivos de violência sexual contra menores.

As ordens judiciais foram cumpridas com a finalidade de se obter outros elementos de prova, bem como a participação de outras pessoas nos crimes ora investigados, ou ainda envolvidas na divulgação e comercialização das mídias.

Todo o material apreendido será periciado para identificar as vítimas e outros suspeitos de participação nos crimes.

Os presos responderão pelos crimes previstos nos artigos 241, 241-A e 241-B, todos do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente – além de outros que possivelmente virão à tona em decorrência das ações deflagradas hoje, como, por exemplo, a produção ou gravação dos vídeos, estupro de vulnerável, dentre outros.

As penas previstas para os crimes podem chegar a oito anos de prisão.

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