Susam alerta sobre falta de pacientes a consultas e exames marcados na rede estadual

O absenteísmo, quando a pessoa deixa de comparecer a algum compromisso de trabalho ou pessoal, como consultas ou exames, chegou a 35,52% no mês de julho na rede estadual de saúde. Com isso, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) faz um alerta aos usuários sobre a ausência nos procedimentos eletivos (com data marcada) e o quanto esse tipo de atitude é prejudicial para o sistema e para aqueles usuários que deixam de receber atendimento.

Foto: Arquivo/Susam

Das 262 mil solicitações marcadas, 93 mil usuários faltaram em apenas um mês, conforme registros do Complexo Regulador do Amazonas, responsável pela marcação de consultas, exames e cirurgias eletivas.

Os procedimentos eletivos na rede pública de saúde do Amazonas foram suspensos por conta da pandemia do novo coronavírus e deixaram de acontecer em sua plenitude até o mês de maio. Desde junho, quando os exames e consultas retornaram e o índice de absenteísmo atingiu 48,8%, houve uma pequena queda, mas ainda assim o número é considerado alto.

Prejuízo – De acordo com a coordenadora do Complexo Regulador, Keila do Valle, a falta ao procedimento impacta principalmente no tempo de atendimento. Segundo ela, quando um paciente falta, a unidade de saúde perde uma vaga que poderia ofertar, e o usuário volta para o final da fila no sistema.

“O absenteísmo causa problemas como o adiamento e descontinuidade das necessidades de cuidado dos pacientes, aumento do tempo de espera e insatisfação com os serviços de saúde”, explicou.

Para a gestão, conforme a coordenadora, o absenteísmo ocasiona um crescimento da demanda reprimida para as especialidades, desequilíbrio da oferta e execução dos serviços, aumentos dos custos assistenciais e desperdício de recursos.

Atualização cadastral – A fim de reduzir além do absenteísmo, a fila e o tempo de espera por consultas e exames, a coordenadora do Complexo Regulador destacou a importância da atualização das informações do Cartão Nacional de Saúde (CNS), que é o documento de identificação do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS).

“A atualização cadastral do CNS, que contém dados pessoais, contatos e documentos, é de extrema importância para o fluxo de comunicação entre os usuários do SUS e as Unidades de Saúde”, disse Keila do Valle.

Foto: Arquivo/Susam

Quando a consulta, exame ou outros procedimentos são agendados, a unidade de saúde que realizou a solicitação entra em contato com o paciente por ligação telefônica informando o dia, local e horário, por isso é importante que o usuário mantenha seus dados sempre atualizados.

“Se os dados cadastrais do usuário, sobretudo os números para contato, não estiverem atualizados, o processo de comunicação será comprometido”, destacou a coordenadora.

Como atualizar? – Para que o paciente possa atualizar os dados cadastrais do CNS, é necessário ir a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), Unidades Básicas de Saúde da Família (UBSF) ou Policlínica.

O usuário deve levar para a atualização o RG, CPF e comprovante de residência. Em caso de menores de idade, é necessário apresentar a certidão de nascimento.

“O objetivo principal é reduzir o índice de absenteísmo aos agendamentos e, consequentemente, atender o maior número de usuários com consultas e exames autorizados, promovendo o uso eficiente dos recursos públicos”, afirmou Keila.

Foto: Arquivo/Susam

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